sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Entrevista com A banda de Metalcore de Porto Alegre It's All red

Fala meu povo bonito, após muitas cagadas no meio musical, uma banda It's All Red regassa nossos ouvidos de criatividades e belos sons, vamos começar com uma entrevista com cada um desses caras que fizeram um cd totalmente incrivel.
Os caras cantam em ingl~es, e, suas letras são incriveis, muitos iteligentes e verdadeiras uma das melhores formas de mostrar arte e o que se sente sendo feliz e coerente a todos, é isso ...

São os integrantes

It's All Red:
Rafael Mallmann - bass/vox
Renato Siqueira - drums
Luis Volkweis - guitar/vox
Rafael Siqueira - guitar/vox
Rafael Thumé - lead vox

vamos lá

Nome completo:
Idade:
Visão Política ... rs
Pergunta 1°
Caros,primeiro gostaria de agradecer a receptividade em sua casa ... (estilo revista adolescente hauahau).Vamo.. da pra perceber que nas letras (boas por sinal), apresenta um lado amargo da vida que não e escondido, o cume da dor, da angustia, da ruina, do egocentrimo (alheio)... a maioria relatado em 1 e 2 pessoa.. o Fato é que apesar das letras serem quase todas nesse sentido, vocês não parecem nem um pouco assim! O que faz pensar como é que são escritas as letras, e o intuito é de jogar na cara o rola no mundão mesmo, sem medo de ser sincero demais?2° Algum de vcs é do tipo DDA ou não? vocês pensavam que apesar das Letras compostas dessa forma, seriam bem aceitas pelo publico ? Ou muitos fans nem prestam atenção, e quando prestam levam no sentido pejorativo e não construtivo do fato, ou essa endagação não é fato eles intendem a mensagem de vcs?
3° Quando as letras são compostas você pensa de Forma gramaticalmente correta e tecnica? (coisa que acho estranho, tanto que tem um monte de coisa subliminar que ninguem entende nada, e pessoas que vendem discos essas tais bandas falam que não preta, GR!), ou você pensa no envolto da coisa e não se prender a isso, afinal são melodias e não livros, qual seu pensamento sobre isso?
4° Na Parte musical, tendem o intuito de deixar a musica com o que realmente pede, colocando mais pegada pessoasl ou preferem se mais tecnicos?
5° Hell, antyme, prova que a banda não é nd gótica e depressiva, o intuito é de mostrar essa realidade, ou, é uma musica que veio e vcs resolveram colocar no disco?
6° Se surpreederam com a aceitação ou não, meio que esperavam/?

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Nome completo: Luis Fernando Volkweis Filho
Idade: 28
Visão política: apolítico

Pergunta 1:
As letras são uma espécie de válvula de escape. Não somos amargos, infelizes ou frustrados, de maneira nenhuma. Mas todos temos certos momentos. Escrever serve pra exorcizar fantasmas ou simplesmente falar sobre algo que nos pareça interessante, que sirva como ferramenta para construirmos a mensagem que queremos passar.
Pergunta 2:
DDA? Déficit de atenção? hahahaNão. Às vezes, talvez, mas na maioria do tempo não. heheheNa verdade não pensamos se as letras seriam aceitas ou não. Era sobre isso que queríamos escrever. Era dessa maneira que queríamos fazer, então fizemos. Não faz sentido fazer algo pensando só nos outros sem se preocupar com a tua própria satisfação quanto ao teu trabalho. Pois se ele é sincero o suficiente para agradar a ti, vai agradar a outros interessados com certeza.Agora quanto a quem entende ou não a mensagem... Aí vai de cada um. Depende do ritmo de cada ouvinte.
Pergunta 3:
Escrevemos em inglês porque somos fluentes na língua. Já que a ambição era essa: escrever em inglês para poder atingir pessoas não só do Brasill, mas de diversos outros países, a fluência na língua inglesa é imprescindível.Portanto escrevemos direto em inglês e a consideração ortográfica e gramatical é a mesma que seria dada se escrevêssemos em português.Mas claro, há momentos em que pode-se utilizar de liberdade poética. Porém isso não significa escrever errado né? hehehe
Pergunta 4:
É sempre o que a música pede. Casamos as idéias e vamos moldando conforme vai fazendo sentido. Essa coisa de mostrar que pode fazer não sei quantas notas por segundo e que domina essa ou aquela escala não é pra nós não...
Pergunta 5:
Hell Anytime é sobre amizade. Acho que é o lado hardcore falando. heheheNão é nossa idéa mostrar que somos ou não somos alguma coisa. Têm bandas góticas e depressivas muito legais e que nos influenciam bastante.A idéia era falar sobre amizade mesmo, da maneira mais sincera possível.
Pergunta 6:
Seguimos nos surpreendendo. No fundo é o que todo mundo espera quando monta uma banda, mas tem uma parte ingênua de ti que sempre se espanta quando isso acontece.A gente fica feliz e faz o que pode pra seguir produzindo coisas legais e atraindo mais e mais gente interessada.Agora em 2009 tem material novo saindo do forno e esperamos que quem curtiu o primeiro álbum ache nossas novas músicas muito melhores!Valeu a força ae Karlinos!!!!

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Nome: Rafael de Aguiar Siqueira
Idade: 29 anos
Visão política: político apartidário, acho política extremamente importante para todos.
Pergunta 1:
Complementado o Fernando, não só as letras como as músicas são válvulas de escape.Todos temos momentos bons e ruins, e isso transparece nas músicas.Acho que tudo é questão de como encaramos os fatos.Todos passamos por situações difíceis ao longo da vida, e o mais importante é saber como esses momentos nos afetarão.
Pergunta 2:
DDA?Olha, acho que em algum momento todo mundo é, é inevitável.Mas no geral não, somos todos bem resolvidos com isso.Com relação ao que as pessoas vão achar, eu sempre digo que componho pra mim.Se eu gostar, tá bom.As outras pessoas gostarem é consequência de você fazer um trabalho honesto e feito com o coração.
Pergunta 3:
O Fernando falou tudo.Nossa ambição sempre foi o mercado externo, até por que aqui no Brasil infelizmente é impossível uma banda do nosso estilo conseguir sobreviver.Então sempre trabalhamos em inglês por causa disso, simples.
Pergunta 4:
O que a música pede, sempre.Já passamos da idade de querer "mostrar serviço" e colocar tudo que sabe em uma música.Hoje em dia quando compomos todo mundo "bota a mão" na música, e sempre podamos quando há algum excesso, pois acho que o bom senso nos obriga a poder isso.Como dizia o mestre Miles Davis, "o difícil é saber a hora de não tocar."Despejar notas é fácil, até um macaco faz, é só treino.Mas saber a hora de colocar as notas, precisa de maturidade musical e bom senso.Primamos tanto pela composição que 99,9% das músicas não tem solo.
Pergunta 5:
Hell fala sobre amizade.De até onde se vai por um amigo.É engraçado falar nessa, música, pois recentemente perdi um grande amigo e essa música me veio na cabeça, eu iria até onde fosse possível para evitar essa tragédia...mas como não é possivel reverter isso, temos que aceitar os fatos e seguir a vida.E eu acho que nunca nos verão falando sobre religião em alguma letra, ou cultuando qualquer coisa.Eu sou totalmente contra falar de religião, acho que cada um tem a sua, não é nosso papel ficar dizendo para as pessoas quem elas devem cultuar ou não.
Pergunta 6:
Sempre nos surpreendemos, por mais que acreditamos no disco.Sabe que quando o disco estava sendo gravado, eu não fazia parte da banda (produzi o disco e entrei na banda depois disso).Mas quando eu escutei as músicas, eu tinha certeza que seria um bom disco, pois eu reconheço ali umas 4 ou 5 canções que poderiam facilmente ser hit se trabalhadas em rádios especializadas!Acho o Vicious... um ótimo disco, e estamos trabalhando para fazer algo ainda melhor em 2009.Estamos trabalhando duro, e espero que este disco seja um marco na nossa carreira, que faça nossa música ir mais além.

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Nome: Renato de Aguiar Siqueira
Idade: 29 anos
Visão política: esquerda, gosto muito de política, apesar de não me envolver tanto, estou sempre informado, gosto de ter opinião formada sobre tudo, inclusive política.
Pergunta 1:
Não tenho muito o que acrescentar ao que o Fernando e o Rafael disseram. Só confirmo que não somos pessoas amagas, nem mal humoradas, nossos ensaios e shows são sempre muito humorados. A música é apenas, como já foi dito, uma maneira de exteriorizar alguns momentos que passamos, ou apenas para falar sobre determinado assunto que julgamos interessante.
Pergunta 2:
Bom, eu acho que não tenho DDA em momento algum........mas sei lá, de repente eu tenho tanto que nem noto! heheheheheSobre as letras, eu não tenho tanto envolvimento com esta parte, todos nós recebemos as letras antes de elas se transformarem em músicas, e então opinamos sobre ela. Os temas, algumas vezes são pré-definidos em ensaios, e então os "letristas" desenvolvem o assunto.Minha preocupação é não ser uma banda fútil, e nem que fale de assuntos "infantis", como algumas bandas de metal.
Pergunta 3:
O Fernando já respondeu de maneira satisfatória. Acho que ele falou por toda banda.
Pergunta 4:
Bom, talvez eu seja o que mais tenta fazer coisas complexas....heheheheMas sempre primamos por deixar a música fluir, sem se importar se determinada levada é fácil ou difícil. Eu gosto mesmo é de gravar as músicas, e ao vivo, deixá-las mais complexas, mudar pequenos detalhes. Mas sempre privilegiamos a música em geral, desde a melodia vocalaté as levadas de bateria, baixo, e as guitarras. Música é o mais importante. Já deixo ressaltado que a It's All Red é a banda que mais tenho espaço para experimentar e extrapolar minha criatividade.
Pergunta 5:
COmo meu irmão disse, recentemente passamos por uma perda muito grande e dolorosa, e apesar de isso nos ter afetado, escrever sobre coisas ruins não é algo que seja interessante. Queremos passar uma mensagem legal, ou positiva, ou pelo menos, que não seja tão negativa. Eu não quero minha música como forma de pregação, seja ela religiosa, ou política, ou forma de protesto.Pra mim é uma obra de arte, é entretenimento, e eu quero passar coisas boas pra quem quer se entreter.Hell é uma letra que eu demorei um pouco pra decifrar, mas depois, ela fez todo o sentido, e é uma das letras que mais eu acho interessante.Lembro que as 3 músicas que eu mais gostei, quando entrei pra banda, foram: Crime Room, Hell e H5N1.
Pergunta 6:
É engraçado você sempre batalgar e lutar por um sonho, e quando começa a receber algum reconhecimento, você ainda acaba se surpreendendo.Eu mesmo não entendo com opode ter tantas pessoas nos tratando como "ídolos", sendo que nós somos pessoas normais, como qquer uma. Eu, particularmente, não quero que haja um distanciamento entre a banda e seus fãs, quero que tenhamos uma relação de amizade.E o que eu posso falar, é que nunca me senti tão realizado musicalmente, e gratificado, com toda repercussão que conquistamos, diariamente, de pouco em pouco; a sensação de estar fazendo a coisa certa é a indescritivelmente boa!Karlinos, valeu por toda força. Pessoas como tu e outros amigos, são fundamentais para que sigamos lutando por nossa música!VALEU MESMO!

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Rafael Mallmann
31
Sou a favor do Estado mínimo, defesa da propriedade privada, livre iniciativa e livre concorrência. Isso diz tudo sobre minha visão política.
1)
O lance das letras é difícil de explicar. Sempre que se escreve algo isso vem carregado de subjetividade. Logo, pode ter uma face amarga pra quem lê, mas pode ser uma mensagem do tipo “ei, eu me identifico com isso” pra outra pessoa. E isso pode ser bom pra ela. Ou não. Escrevemos geralmente sobre os temas que nos interessam em dado momento. Por exemplo, quando escrevi as letras de Arrival of Ages e And So On eu estava passando por um momento que exemplificava bem elas duas. Entretanto, eu não estava melancólico, deprimido ou algo assim. Apenas escrevi sobre ficar velho e ter uma rotina que, de repente, não foi imaginada uns anos antes. Como eu disse, pra uns pode soar amargo, pra outros, pode ser até engraçado ler aquilo e dizer “ahahah, extamente por aí que acontece comigo também.”
2)
Nem sei o que é DDA...hehehehehe...tu sabe né, Karlinos, cada letra tem tantos sentidos diferentes quantos sejam os seus leitores/interpretes. Particularmente, eu me importo com as letras. Realmente quero que elas fiquem com intensidade, com verossimilhança, que não sejam altamente metafóricas, mas que também tenham seus momentos de ficção pura e simples, como bom entretenimento que são, como o Renato colocou anteriormente.
3)
Escrevemos em “ingrêis”, direto, daí, as que precisam de correção, ajustes e coisas que tais são trabalhadas pra atingirmos o resultado final.
4)
A música manda. Nenhum de nós é fritador no seu instrumento. Aliás, somos todos esforçados, pra dizer o nosso melhor. Talvez nossas canções causem impacto positivo em quem aprecia o gênero justamente por não tentarmos fazer o que não está no nosso alcance. Evidente que um mínimo de técnica pras passagens mais difíceis é necessária, mas não construímos a música pra ela TENHA a passagem mais técnica. Saca? É tudo questão de escutar e sentir o que ta sobrando ou faltando. O Rafa Siqueira disse bem: Fazemos o fechamento de cada composição em equipe. Todo mundo dá pitaco (sem ser um pré requisito pra música ser considerada pronta) aqui e um palpite acolá e pronto, assim vamos melhorando cada passagem. O curioso é que mesmo o Thumé e o Renato nos ajudam muito com as cordas, apesar de não tocarem guitarra ou baixo. Assim como nos metemos nas bateras do Renato e nas linhas de voz do Thumé, tentando obter o máximo em cada canção.
5)
É uma das minhas preferidas do Vicious...exatamente pela temática lírica e, óbvio, pelo som. Quem vai nos nossos shows, toma cerveja conosco ou acompanha nossos ensaios sabe que não somos nada góticos ou deprê...ahahahahahaha, mas Hell não teve essa intenção. Ela é só mais uma música do disco.
6)
Eu me surpreendi com a aceitação sim. Uma parte de mim se surpreende a cada dia. Hoje aprendemos que o IAR é maior do que qualquer um de nós enquanto músicos individuais. Sabemos disso e provavelmente por termos essa noção bem definida é que preferimos colocar a banda sempre à frente de qualquer um de nós.Finalmente, deixo um abração pra ti, Karlinos e te digo que se uma única pessoa gostar realmente do que fizemos com o coração e com a alma já estamos satisfeitos e recompensados. Que bom que, ao que parece, é bem mais de uma. Somos afortunados. Obrigado, cara.

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Então galerinha do mal, deu pra perceber que os caras são "foda", se sairam bem das perguntas e souberam ser intelingentes, maturidade não falta!
Creio que se muitas outras bandas recebessem essas perguntas, o minimo seria: - Odiamos tudo mesmo, e dai? ...
Ao contrario o ITA, soube ser inteligente e feliz, suas letras foram o que penso sobre tudo... porem não presciso ser um depressivo, e nem odiar as coisas, mais sincero .. é isso ... sincero!
Galera como na entrevista da pra ver a visão de todos, menos do THUMÉ (Fdp), que não respondeu por enquanto, mais é isso, os cars são foda, o som é foda, a forma com que eles veem os fans, incrivel.
Agora é só escutar e gozar o som que é foda!

Videos no youtube
Poisonous
http://www.youtube.com/watch?v=kR0IQwlQvA4

H5N1
http://www.youtube.com/watch?v=6_Ae6XuBxXY&feature=related

Iventory
http://www.youtube.com/watch?v=W4rsW7SkZN0&feature=related

A party ...
http://www.youtube.com/watch?v=UerIb0zp5cw&feature=related


Mais informações:
http://www.myspace.com/itsallredmusic

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26198317

Cd
http://rapidshare.com/files/61366813/Its_All_Red.rar

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ps.: O CD, com a faixa multimídia, está disponível de 2 formas:Via postal, com a bandaouLivraria Cultura - podendo ser adquirido em qualquer filial no país.